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Dólar em Alta e Ibovespa em Queda: Perspectivas Econômicas e Políticas no Radar

Dólar Fecha em Alta de 0,73%

O dólar encerrou o dia com valorização de 0,73%, alcançando R$ 5,4214, após superar os R$ 5,40. Esse movimento reflete as preocupações contínuas com o risco fiscal do Brasil e a expectativa pela próxima reunião do Copom, que decidirá sobre a taxa Selic.

Ibovespa Registra Queda de 0,44%

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de 0,44%, encerrando aos 119.138 pontos. Na sexta-feira anterior, o índice havia subido ligeiramente para 119.662 pontos, acumulando perdas de 0,69% na semana, 1,77% no mês e 10,62% no ano.

Foco na Decisão do Copom e Expectativas Econômicas

A decisão do Copom é o principal destaque desta semana. O mercado prevê que a Selic permanecerá estável em 10,50% ao ano, diante da aceleração da inflação e dos altos juros nos EUA. O Boletim Focus indicou que os economistas não esperam mais cortes na Selic este ano, ajustando as projeções de inflação para 3,96% e a taxa de câmbio para R$ 5,13.

Pressões Internas e Externas Impactam o Mercado

A alta do dólar é influenciada pela persistente elevação das taxas de juros nos EUA, que podem começar a diminuir apenas no final do ano. As incertezas fiscais no Brasil, exacerbadas por comentários do presidente Lula sobre a dificuldade de redução dos gastos públicos, também aumentaram a percepção de risco.

Desafios Políticos e Econômicos no Governo

Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, destacaram preocupações com o aumento dos gastos previdenciários e das renúncias tributárias. Haddad, sob pressão tanto do PT quanto do mercado, prometeu intensificar a revisão das despesas públicas, buscando equilíbrio fiscal.

Perspectivas dos Juros Americanos

No cenário internacional, as atenções se voltam para os juros americanos. Neel Kashkari, do Fed de Minneapolis, indicou a possibilidade de um único corte nas taxas até dezembro, dependendo de novas evidências sobre a inflação. O Fed manteve sua taxa de referência entre 5,25% e 5,50% na última reunião.

Mateus Fernandes

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